A galeria egípcia do Museu de Arte e Ciência de Louisiana, nos Estados Unidos, exibe a múmia de um homem cujo nome não foi possível determinar porque não está registrado nos hieróglifos da sua cartonagem. Ele viveu em Tebas durante a dinastia Ptolomaica (304 a 30 a.C.). A múmia foi adquirida pelo museu em 1964 de outra instituição sediada em outro estado americano. Surgiu então um problema porque a lei não admitia o transporte de uma pessoa falecida para outro estado sem a permissão do parente mais próximo. O impasse, entretanto, foi superado. Em 1986 foi construída a réplica de um túmulo no estilo ptolomaico para expo-lo e o ambiente foi remodelado em 2007. Originalmente a múmia pertenceu à Egypt Exploration Society que começou a escavar no Egito em 1882.
Tomografia computadorizada e outras técnicas foram usadas para examinar a múmia em 1984, 1986 e em 2007. Exames de seus dentes e ossos indicaram que ele tinha entre 25 e 32 anos de idade quando faleceu. Os embalsamadores não removeram os órgãos internos e o corpo se mumificou naturalmente tendo se desidratado pelas condições quentes e secas do deserto egípcio. Os órgãos e o cérebro estão preservados, sugerindo que o processo de secagem estava bastante avançado no momento da entrega do corpo aos embalsamadores. A caixa toráxica sofreu fraturas múltiplas em função de um alto impacto ou pressão exagerada. O cabelo é ruivo e não se sabe se a cor é natural. Foi penteado na forma de pequenos cachos ao redor da coroa da cabeça. Esse tipo de cabelo e o fato da múmia ter sido enterrada com a boca aberta não eram usuais naquela época. Fotos İ de Richard Alan Hannon.
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